Coreógrafo e consultor artístico compara o evento ao "Rock in Rio da Dança", enquanto a pandemia trouxe dificuldades financeiras, mas não impediu o crescimento em qualidade técnica

A 40ª edição do Festival de Dança de Joinville já está em pleno andamento, e junto com o espetáculo que reúne mais de 13 mil dançarinos de diversos estados e países, surgem desafios para a equipe de organização do maior evento do gênero no mundo. Marcelo Misailidis, coreógrafo e consultor artístico do festival, descreve o evento como o "Rock in Rio da Dança", ressaltando o tamanho e a complexidade que ele alcançou ao longo dos anos.

Imprevisibilidade e Gigantismo: Desafios da Organização

Misailidis, que já teve várias atuações no festival ao longo de sua história, incluindo como bailarino, coreógrafo e jurado, destaca que a complexidade do evento é impressionante. O número elevado de participantes e a atuação de centenas de profissionais em diferentes áreas tornam a organização uma verdadeira proeza.

O coreógrafo aponta para a imprevisibilidade como um dos maiores desafios que a equipe enfrenta. Situações inesperadas podem ocorrer durante as apresentações, exigindo atenção e habilidade para lidar com elas. Uma história curiosa envolve a desclassificação de uma apresentação "absolutamente vitoriosa" devido ao estouro do tempo de espetáculo.

Resiliência na Pandemia

Além dos desafios típicos do festival, a pandemia de COVID-19 trouxe um momento crítico para a organização do evento. Ely Diniz, à frente do Instituto Festival de Dança desde 2007, revela que os anos de 2020 e 2021 foram os mais marcantes e desafiadores em sua trajetória no festival.

Em 2020, o festival teve que ser desmontado por conta da pandemia, e em 2021, ocorreu no meio de medidas sanitárias e restrições, dependendo das decisões da área de saúde para sua realização. Além disso, a perda de patrocínios impôs uma nova realidade financeira ao evento, com uma queda de arrecadação de 50%.

Planejamento e Refinamento Artístico

Apesar das dificuldades enfrentadas, a equipe do Festival de Dança de Joinville não desiste. Após cada edição, são feitas avaliações e ajustes para melhorar o evento. O plano para o futuro é elevar ainda mais a qualidade técnica e o nível competitivo do festival.

Ely Diniz expressa sua preocupação com o crescimento, já que o evento alcançou um número recorde de participantes nesta edição. No entanto, o objetivo é investir em refinamento artístico, tornando as noites ainda mais disputadas e a qualidade das apresentações em constante ascensão.

Legado Cultural para a Cidade

O Festival de Dança de Joinville busca efetivamente participar mais da cultura local, deixando um legado significativo para a cidade e contribuindo com a dança e a cultura de Joinville. Mesmo diante dos desafios, a equipe mostra determinação e resiliência para manter esse evento grandioso e enriquecedor para o cenário da dança.

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